11 julho 2010

São Pedro

São Pedro simboliza o santo patrono dos pescadores. Menos popular do que Santo António ou São João, no que respeita a manifestações de carácter festivo, embora também ele pai protector, é no seio da Igreja que, liturgicamente, se lhe rende a maior importância.
Convidado por Jesus Cristo para que O seguisse, convite que se estendeu a seu irmão André, Pedro, de seu nome original Simão, nasceu em Betsaida, uma povoação da Galileia, situada nas margens do lago de Genesaré. Em Cafarnaum, o porto mais célebre daquelas paragens, exerceu a profissão de pescador. Terá sido Jesus que lhe mudou o nome para Pedro (Cefas), supostamente por analogia à palavra «pedra», sugerindo assim que Pedro viria a representar uma das pedras basilares da religião cristã: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» – terá dito. Indigitado por Cristo para guia dos Apóstolos, São Pedro pregou na Judeia, Galileia, Ásia Menor e Roma.
Companheiro e amigo inseparável de Jesus até ao Seu suplício e morte no monte das Oliveiras, resolve fugir na altura da prisão do Mestre. Ao regressar ao Pretório para saber notícias, é confrontado e renega, então, três vezes Jesus Cristo, que lhe havia vaticinado a sua traição – falta que virá a chorar durante toda a sua vida, mas que Jesus perdoou, tendo sido a Pedro que apareceu em particular logo após a Sua Ressurreição.
Em Antioquia, capital do Oriente, onde fundou a primeira igreja, é preso por ordem de Herodes Agripa I (41-44), acabando por ser libertado por um anjo. Segue depois para Roma, cidade de que foi o primeiro bispo e o primeiro papa. Antes, percorre grande parte da Ásia (Ponto, Galácia, Capadócia, Bitínia), dando a conhecer Jesus Cristo aos Judeus. Muitos e prodigiosos foram também os seus milagres. O seu poder de oratória era surpreendente e a cada palavra sua crescia o número dos fiéis. Preso novamente em Roma no reinado de Nero, converte e baptiza dois dos seus guardas (Processo e Martiniano) e mais quarenta e sete pessoas detidas na mesma prisão.
Foi crucificado no ano 64 em Roma (Vaticano), de cabeça para baixo, a seu próprio pedido, pois, segundo disse, quando os carrascos se preparavam para o crucificar, seguindo a forma tradicional, «não devia ser tratado como o seu Divino Mestre».
É o Santo Padroeiro da vila de Sintra, que tem o seu feriado municipal a 29 de junho, em sua honra.

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